Hoje vou contar um pouco sobre o início das minhas pesquisas, quando busquei as primeiras informações sobre meu avô de origem italiana.
Meu ponto de partida, no ano 2000, foi o nascimento do meu pai, registrado em Encantado, e a informção de que sua família vivia em um local denominado Itapuca ou Itapuquinha Mansa. Eu e meu marido Alexandre, que estavamos estudando a história da imigração italiana, já sabíamos que a ocupação de Encantado pelos imigrantes se deu somente por migração interna. Assim, eu pensava que encontraria algum registro da família em Guaporé, por ser um dos locais mais próximos da tal Itapuca que teve imigração externa. Engano meu. Encontrei, realmente, o nonno no livro do Frei Rovílio Costa (COSTA, Rovílio; BORGES, Stella; GARDELIN, Mário e BORTOLAZZO, Paulo. Povoadores das colônias Alfredo Chaves, Guaporé e Encantado. 2. ed. Porto Alegre: EST; Caxias do Sul: Correio Riograndense, 1997. p. 768.), mas como morador da Colônia Alfredo Chaves, cuja sede seria hoje o Município de Veranópolis.
Foi uma alegria imensa encontrá-lo no livro. Toda pesquisa traz esse tipo de satisfação quando encontramos um dado que estamos a buscar. Porém, quando esse dado é o bisavô da gente, o encontro é uma grande festa. Nunca pensei que eu fosse me divertir tanto, nem que fosse me emocionar com a possibilidade de descobrir a trajetória da minha família através dos anos.
Encontrei-o no verbete de outra pessoa, que transcrevo: “FERRAZZO, Giovanni, f. de Antònio e Dina Doménica Dalla Costa, 24 a., c. a 22-7-1887 com Regina Cappelari, f. de Luìgi e Doménica Schiaranti, 22 a, its (PAC 1, n. 13, p. 3). O irmão de Regina, Felice Cappelari, 21 a., c. no mesmo dia com Adelina Giuseppa Oltramari, f. de Carlo e Maria Bianchini, 22 a, its (PAC 1, n. 14, p. 3)” (grifei).
É fantástico o quanto um pequeno registro desses permite concluir. Meu bisavô tinha uma irmã, fato sobre o qual ninguém sabia na família. Eram unânimes em dizer que eram 4 ou 5 irmão homens vindos juntos da Itália. Não tenho dúvida de que é ele, pois seria muita coincidência um Felice Cappelari, seja qual for a grafia do sobrenome, casar-se com uma Adelina Giuseppa Oltramari e não serem eles Felix Cappelari e Adele Oltramari. Como eu já suspeitava, o nome dele só poderia ser Felice e não Felix. O nome de minha bisavó sempre fora motivo de polêmica na família, pois alguns diziam que era Délia e o documento que temos refere Adele Oltramari. Naturalmente, Adele e Délia deviam ser apelidos para Adelina. Quanto ao sobrenome dela, nunca houve divergência.
Conclui, então, que Felice Cappelari, com 21 anos de idade, casou-se na Paróquia de Alfredo Chaves em 22 de julho de 1887, com Adelina Giuseppa Oltramari, que tinha, então, 22 anos, ambos italianos. Os pais dele, meus trisavós, eram Luìgi Cappelari e Doménica Schiaranti e os dela, também meus trisavós, Carlo Oltramari e Maria Bianchini.
Continuei as busca e encontrei os seguintes e prováveis tios-bisavôs :
CAPPELARI, Antònio, f. de Luìgi e Doménica Schievante, 28 a, c. a 8-5-1888 com Giuditta Lago, f. de Pasquale e Marina Barichello, 20 a, its. (PAC 1, n. 7, p. 5v).
CAPPELLARI, Luìgi, f. de Luìgi e Doménica Schievante, 33 a, c. a 18-2-1890 com Doménica Milan, f. de Ermenegildo e Catterina Ferro, 19 a, its. (PAC 1, n. 24, p. 13).
Ambos são filhos de Luìgi Cappelari (ou Cappellari ?) e de Doménica Schievante. No registro que cita Felice e Regina, eles são dados como filhos de Luìgi Cappelari e Doménica Schiaranti. Há uma diferença no sobrenome da mãe, que pode ser apenas erro de grafia. Esses dois, que são irmãos, também tem o sobrenome escrito de maneira diversa.
Meu pai e meu tio Ângelo tinham notícia da existência de um tio-avô deles, portanto meu tio-bisavô, com o nome de Antônio. Um dos outros se chamaria Pedro, pois meu nonno teria o nome em homenagem a ele, e, por fim, houve ainda um outro com o nome de Giuseppe, de apelido Bepi. Este último, morreu na pensão em que ficaram hospedados por uns dias no Rio de Janeiro, ao chegarem da Itália, antes, portanto, de virem para o Rio Grande do Sul. Teria caído da escada e contundido a cabeça. É um fim melancólico para quem veio ao Brasil, cheio de esperança, “per fare la Mérica”.
OLá,estou também procurando meus descentes e achei uns nomes muito parecidos com os que procuro. Você poderia me dar mais informações?
ResponderExcluirSei de meu tataravô chamado Antonio Capelari casado com Giudith Lado ou de Lago... talvez tenham mudado a forma de escrever, não sei...
poderia entrar em contato comigo..
naty.ycs@gmail.com
SOU MARIA APARECIDA CAPELARI FILHA DE VALDEMAR CAPElARI NETA S DE JOÃO BATISTA CAPELARI E MARIA ORTIZ, PELO QUE VIM A SABER MEUS BIZA VOS SE CHAMAVAM ;luÍdio CAPELARI CASADO COM DILETA BERDINAZE....QUERO SABER SOBRE A VIDA DELES . PORQUE SÃO 4 IRMÃOS FILHOS DE JOÃO CAPELARI , SENDO ELES VICENT ,VALDOMIRO, VALDEMAR E VIVALDO CAPELARI... E EU COMO SOU MARIA APARECIDA CAPELARI QUERO SABER SOOBRE OS MEUS FAMILIARES . MORO EM PALMITAL ESTADO DE SÃO PAULO
ResponderExcluirEste JOÃO CAPELARI que você citou é nascido em Lençóis Paulista? Se for eu tenho documentos dele, do pai dele Erminio Cappellari, e do Avô dele Pietro Cappellari e do bisavô dele: Felice Cappellari. São meus antenatos cuja origem é Vigasio-Verona-Italia
Excluir