sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Família de Felice Cappellari - o bisavô

FELICE CAPPELLARI – Nasceu em Nanto, Vicenza , Itália, no dia 21 de abril de 1861, filho de Luigi Cappellari e de Domenica Schiaranti, e faleceu em 03-10-1941, com 80 anos, na Linha Terceira (Itapuca), em Ilópolis , tendo sido sepultado no Cemitério da Capela São Roque da Linha Terceira. Carpinteiro e agricultor. Segundo o registro de óbito, deixou os seguintes filhos: Antônio, Carlos, Ernesta, Vergínia, Josefina e Pedro. Chegou ao Brasil em 17 de janeiro de 1885, a bordo do navio (vapor) Coventina, proveniente do Porto de Gênova, com 23 anos de idade (segundo os registros no Rio de Janeiro) e acompanhado do irmão Antônio, profissão trabalhador, tendo embarcado em 25 de janeiro de 1885 com destino a Porto Alegre (Arquivo Histórico Nacional – RJ – registro da Hospedaria dos Immigrantes na Ilha das Flores, Livro 13, página 94, n. 205). Data de entrada “na província” = 1885, com 28 anos, acompanhado da mulher Adele – 26 anos, italiana - e dos filhos Albano – 8 anos, italiano - e Maria – 2 anos, gaúcha -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3678). Sua data de nascimento é, portanto, incerta. Considerando o registro de chegada no Rio de Janeiro, teria nascido em 1862 ou 1861; considerando a data da entrada no Rio Grande do Sul, teria nascido em 1856 ou 1857; e, considerando a idade informada na data do casamento em Alfredo Chaves, teria nascido em 1866 ou 1865. Se a idade informada no falecimento estiver correta - 78 anos em 1941 -, nasceu em 1863. Com a informação obtida na Itália (nascimento), conclui-se que o documento correto no Brasil era o registro da chegada no Rio de Janeiro.

Sua mãe, DOMENICA SCHIARANTI, nasceu na Itália e faleceu no Brasil. Emigrou para o Brasil já viúva e em data posterior, acompanhada dos filhos Luigi, Regina e Domênico. Chegou em Alfredo Chaves em 27-12-1886 (Códice SA-73 pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1201, n.º da família 393, fl. 39), com 56 anos, procedente de Vicenza. Chegou no Rio de janeiro em 11-12-1886 e veio do Rio de janeiro para Porto Alegre em 21-12-1886 no Paquete “Rio Grande”. Dirigiu-se para a Colônia Dona Isabel em 22-12-1886 (C 183 – “Mappa estatístico dos immigrantes chegados à cidade de Porto Alegre durante o anno de 1886” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, página 65, registro n. 3350). Seu pai, Luigi Cappellari, nasceu e faleceu na Itália.

Felice, aos 21 anos, casou-se com ADELINA JOSEPHA OLTRAMARI , com 22 anos e filha de Maria Bianchini e de Carlo Oltramari, em 22-7-1887. Data de entrada “na província” = 1885, com 26 anos, acompanhada do marido Felice – 28 anos, italiano - e dos filhos Albano – 8 anos, italiano - e Maria – 2 anos, gaúcha -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3679) em 22-07-1887, na Colônia Alfredo Chaves (Veranópolis). Posteriormente, mudou-se para a Linha Terceira de Itapuca (lotes 35 e 37), onde, segundo contam seus descendentes, construiu um moinho, junto ao Arroio Lajeado Bonito.

São seus filhos:

Albano Cappellari (Leida ?) – Data de entrada “na província” = 1885, com 8 anos, acompanhada do “pai” Felice – 28 anos, italiano -, da mãe Adele – 26 anos, italiana - e da irmã Maria – 2 anos, gaúcha -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3680). Pelos relatos dos nossos familiares, seria filho da Adele Oltramari com outro, um noivo italiano que a deixou antes de ela conhecer o Felice. Teria recebido o sobrenome Leida de um oficial de registro, que decidiu registrá-lo com o próprio sobrenome, já que Felice não aceitou registrá-lo como Cappellari, ainda que houvesse decidido que este filho também receberia herança.
Maria Cappellari– Nasceu em 26 de fevereiro de 1890, às 20 horas, em Alfredo Chaves (Certidão de Nascimento em Veranópolis, Livro A-1, Número 117, folha 150). Data de entrada “na província” = 1885, com 2 anos, acompanhada do pai Felice – 28 anos, italiano -, da mãe Adele – 26 anos, italiana - e do irmão Albano – 8 anos, italiano -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3681)
Catterina Cappellari – Nasceu em Alfredo Chaves e faleceu aos 3 anos e sete meses no mesmo local. Foi enterrada no cemitério da Primeira Seção, Segunda Série, Leste (que é, provavelmente, a atual Linha Barão do Rio Branco, estrada que tem início em local próximo ao trevo de Fagundes Varela na RS 122 e vai até Antônio Prado).
Ernesta Cappellari – Nasceu em 14 de dezembro de 1892, em casa, à uma hora (01h e 00 min) na Primeira Secção Segunda Série Leste de Alfredo Chaves (Certidão de Nascimento em Veranópolis – Livro A-4, Número 636, folha 138, verso).
“Aos 27 de dezembro de 1892 baptizei solennemente Ernesta Francisca Joanna, filha legítima de Felix e de Oltramari Adele, nascida a 19 de novembro de 1892, naturaes da Europa, moradores desta Colônia, sendo padrinhos Salva Luiz e Francisca Maria Dal Pian. (...) P. M. Pasquali.” (Registrado no Livro de Batizados de Veranópolis, v. 2, n. 1943, fl. 14 – Cúria de Caxias do Sul).
Antônio Ferdinando Cappellari – Nasceu em 18 de abril de 1895, às vinte e duas horas, em casa, na Primeira Secção Segunda Série Leste de Alfredo Chaves (Certidão de Nascimento em Veranópolis – Livro A-8, Número 334, folha 188) e faleceu no Paraná, segundo informação do meu tio Ângelo. Casou-se com Josefina Zanin (falecida em 03 de novembro de 1960, em Espumoso e está enterrada no cemitério de São Carlos, onde descobri a data do seu nascimento), irmã das cunhadas Maria Zanin e Albina Zanin.
“ (...) baptizei solennemente Antônio Ferdinando Caroly Cappellari, filho legítimo de Felice e de Oltramari Adele, nascido a 18 de abril de 1895, naturaes da Itália, moradores desta Colônia, sendo padrinhos Andreoli Carlo e Giacomoni Vitória. (...) P. M. Pasquali.” (Registrado no Livro de Batizados de Veranópolis, v. 2, n. 3090, fl. 77 – Cúria de Caxias do Sul).
Pedro Cappellari (nosso avô) – Nasceu em 17-02-1897 (data constante no túmulo e na certidão de óbito; teria nascido no dia 29 de fevereiro, segundo o tio Ângelo, mas o ano de 1897 não era bissexto, então, não se sabe o porquê da lenda), em Guaporé (possivelmente onde hoje é o Município de Serafina Correa) e faleceu em 03-05-1961 em Espumoso. Agricultor. Casou-se com Maria Zanin, irmã das cunhadas Josefina Zanin e Albina Zanin.
“ (...) No dia 23 de maio de 1897 na Cap. de Nova Virgínia baptizei Pedro Cappellari filho legitimo de Felix e de Adele Oltramare, nascido aos 04 de dezembro de 1896. Padrinhos: Matteo Zanchet e Maria Bernini.” (Registrado no Livro 01 de Assentamentos de Batizados da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Guaporé, folha 2, verso, n. 23 – Bispado de Passo Fundo).
Carlos Cappellari – Faleceu na Linha Terceira de Itapuca (Encantado). Casou-se com Albina Zanin, irmã das cunhadas Maria Zanin e Josefina Zanin. Morreu no feriado de finados, em razão de uma briga na qual acertaram uma bocha na sua cabeça.
Virgínia Cappellari – Nasceu em 04 de janeiro de 1899 em Guaporé.
“ (...) No dia 15 de abril de 1899 baptizei Virgínia Cappellari filia leg. de Capellari Felice e de Adele Oltramari, nascida aos 04 de janeiro de 1899. Padrinhos: Lunardi Lucio e Zacchini Dosolina.P. E. Gazzera. ” (Registrado no Livro 01 de Assentamentos de Batizados da Igreja de Santo Antônio de Guaporé, folha 24, verso, n. 376 – Bispado de Passo Fundo).
Carolina Cappellari – Nasceu em 03 de janeiro de 1901 em Guaporé.
“ (...) No dia 04 de junho de 1901 baptizei Carolina – Domenora – f. l. de Capellari Felix e de Oltramari Adele, nascida aos 03 de janeiro de 1901. Padrinhos: Granzotto, Luigi e Algia Oltramari. P. E. Gazzera.” (Registrado no Livro 01 de assentamentos de batizados da Igreja de Santo Antônio de Guaporé, follha 68, n. 1069– Bispado de Passo Fundo).
Giuseppa Cappellari – Nasceu em 27 de novembro de 1902 em Guaporé.
“ (...) No dia 2 de julho de 1903 baptizei Giuseppa – f. l. de Capellari Felice e de Dina Oltramari, nascida aos 27 de novembro de 1903. Padrinhos: Cormetti, Agostino e Lagarese, Arcelice. P. E. Gazzera.” (Registrado no Livro 02 de assentamentos de batizados da Igreja de Santo Antônio de Guaporé, folha 29, n. 2004 – Bispado de Passo Fundo).
Josefina Cappellari – Seria a Giuseppa? Sabemos em família da existência da tia Josefina, mas ainda não encontramos registro com esse nome.
Vicenzo Cappellari – Nasceu em 02-04-1905, foi batizado em 03-04-1905 na Capela Nova Virgínia, então Guaporé, hoje talvez Serafina Correa.

Primeiro encontro com o passado

Hoje vou contar um pouco sobre o início das minhas pesquisas, quando busquei as primeiras informações sobre meu avô de origem italiana.

Meu ponto de partida, no ano 2000, foi o nascimento do meu pai, registrado em Encantado, e a informção de que sua família vivia em um local denominado Itapuca ou Itapuquinha Mansa. Eu e meu marido Alexandre, que estavamos estudando a história da imigração italiana, já sabíamos que a ocupação de Encantado pelos imigrantes se deu somente por migração interna. Assim, eu pensava que encontraria algum registro da família em Guaporé, por ser um dos locais mais próximos da tal Itapuca que teve imigração externa. Engano meu. Encontrei, realmente, o nonno no livro do Frei Rovílio Costa (COSTA, Rovílio; BORGES, Stella; GARDELIN, Mário e BORTOLAZZO, Paulo. Povoadores das colônias Alfredo Chaves, Guaporé e Encantado. 2. ed. Porto Alegre: EST; Caxias do Sul: Correio Riograndense, 1997. p. 768.), mas como morador da Colônia Alfredo Chaves, cuja sede seria hoje o Município de Veranópolis.

Foi uma alegria imensa encontrá-lo no livro. Toda pesquisa traz esse tipo de satisfação quando encontramos um dado que estamos a buscar. Porém, quando esse dado é o bisavô da gente, o encontro é uma grande festa. Nunca pensei que eu fosse me divertir tanto, nem que fosse me emocionar com a possibilidade de descobrir a trajetória da minha família através dos anos.

Encontrei-o no verbete de outra pessoa, que transcrevo: “FERRAZZO, Giovanni, f. de Antònio e Dina Doménica Dalla Costa, 24 a., c. a 22-7-1887 com Regina Cappelari, f. de Luìgi e Doménica Schiaranti, 22 a, its (PAC 1, n. 13, p. 3). O irmão de Regina, Felice Cappelari, 21 a., c. no mesmo dia com Adelina Giuseppa Oltramari, f. de Carlo e Maria Bianchini, 22 a, its (PAC 1, n. 14, p. 3)” (grifei).

É fantástico o quanto um pequeno registro desses permite concluir. Meu bisavô tinha uma irmã, fato sobre o qual ninguém sabia na família. Eram unânimes em dizer que eram 4 ou 5 irmão homens vindos juntos da Itália. Não tenho dúvida de que é ele, pois seria muita coincidência um Felice Cappelari, seja qual for a grafia do sobrenome, casar-se com uma Adelina Giuseppa Oltramari e não serem eles Felix Cappelari e Adele Oltramari. Como eu já suspeitava, o nome dele só poderia ser Felice e não Felix. O nome de minha bisavó sempre fora motivo de polêmica na família, pois alguns diziam que era Délia e o documento que temos refere Adele Oltramari. Naturalmente, Adele e Délia deviam ser apelidos para Adelina. Quanto ao sobrenome dela, nunca houve divergência.

Conclui, então, que Felice Cappelari, com 21 anos de idade, casou-se na Paróquia de Alfredo Chaves em 22 de julho de 1887, com Adelina Giuseppa Oltramari, que tinha, então, 22 anos, ambos italianos. Os pais dele, meus trisavós, eram Luìgi Cappelari e Doménica Schiaranti e os dela, também meus trisavós, Carlo Oltramari e Maria Bianchini.

Continuei as busca e encontrei os seguintes e prováveis tios-bisavôs :

CAPPELARI, Antònio, f. de Luìgi e Doménica Schievante, 28 a, c. a 8-5-1888 com Giuditta Lago, f. de Pasquale e Marina Barichello, 20 a, its. (PAC 1, n. 7, p. 5v).

CAPPELLARI, Luìgi, f. de Luìgi e Doménica Schievante, 33 a, c. a 18-2-1890 com Doménica Milan, f. de Ermenegildo e Catterina Ferro, 19 a, its. (PAC 1, n. 24, p. 13).

Ambos são filhos de Luìgi Cappelari (ou Cappellari ?) e de Doménica Schievante. No registro que cita Felice e Regina, eles são dados como filhos de Luìgi Cappelari e Doménica Schiaranti. Há uma diferença no sobrenome da mãe, que pode ser apenas erro de grafia. Esses dois, que são irmãos, também tem o sobrenome escrito de maneira diversa.

Meu pai e meu tio Ângelo tinham notícia da existência de um tio-avô deles, portanto meu tio-bisavô, com o nome de Antônio. Um dos outros se chamaria Pedro, pois meu nonno teria o nome em homenagem a ele, e, por fim, houve ainda um outro com o nome de Giuseppe, de apelido Bepi. Este último, morreu na pensão em que ficaram hospedados por uns dias no Rio de Janeiro, ao chegarem da Itália, antes, portanto, de virem para o Rio Grande do Sul. Teria caído da escada e contundido a cabeça. É um fim melancólico para quem veio ao Brasil, cheio de esperança, “per fare la Mérica”.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Família de Luigi Cappelari - o trisavô

LUIGI CAPPELLARI – Nasceu na Itália e lá faleceu. Era o nosso trisavô.

DOMENICA SCHIARANTI – Nasceu na Itália e faleceu no Brasil. Agricultora.

Casaram-se na Itália. Ela emigrou para o Brasil já viúva. Chegou em Alfredo Chaves em 27-12-1886 (Códice SA-73 pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1201, n.º da família 393, fl. 39) , com 56 anos, procedente de Vicenza. Chegou no Rio de janeiro em 11-12-1886 e veio do Rio de janeiro para Porto Alegre em 21-12-1886 no Paquete “Rio Grande”. Dirigiu-se para a Colônia Dona Isabel em 22-12-1886 (C 183 – “Mappa estatístico dos immigrantes chegados à cidade de Porto Alegre durante o anno de 1886” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, página 65, registro n. 3350).

Filhos:

LUIGI CAPPELLARI – Nasceu em 10 de abril de 1855, em Bosco di Nanto, na Itália e faleceu no Brasil. Segundo o Códice SA-70 (pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul in Etnias de Alfredo Chaves, p. 149), “entrou na Província” em 1885, acompanhado da esposa e do filho Antônio, mas, segundo o Códice SA-73 (pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1198 a 1200, n.º da família 392, fl. 39), chegou a Alfredo Chaves em 27-12-1886, com 31 anos, procedente de Vicenza. Saiu da Itália e chegou no Rio de janeiro em 11-12-1886 e veio do Rio de Janeiro para Porto Alegre em 21-12-1886 no Paquete “Rio Grande”. Dirigiu-se para a Colônia Dona Isabel em 22-12-1886 (Códice C 183 – mapa estatístico dos imigrantes chegados em Porto Alegre no ano de 1886 - do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, página 64, registro n. 3276), nela chegando em 27-12-1886 (Códice SA-73 pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1198 a 1200, n.º da família 392, fl. 39). Casou-se aos 33 anos, em 18-02-1890, na Colônia Alfredo Chaves, com Domenica Milan, 19 anos, filha de Ermenegildo Milan e Cattherina Ferro, italianos. Foi proprietário do lote n.º 22B da Linha Thomaz Flôres em Alfredo Chaves, com área de 35.750 m2, adquirido em 04-04-1905 (Livro 102, página 107 do Cartório de Registros Públicos de Veranópolis), tendo pago a última prestação em 19-10-1904 (essas informações estão no SA 281, página 127). Ver SA 236: Pelo menos até 1937, ainda morava no lote 22B.

ANTÔNIO CAPELLARI – Nasceu na Itália e faleceu no Brasil. Chegou ao Brasil em 17 de janeiro de 1885, a bordo do navio Coventina, proveniente do Porto de Gênova, com 26 anos de idade e acompanhado do irmão Felice, profissão trabalhador, tendo embarcado em 25 de janeiro de 1885 com destino a Porto Alegre (Arquivo Histórico Nacional – RJ – Registro da Hospedaria dos Immigrantes na Ilha das Flores, Livro 13, página 94, n. 204). Chegou em Alfredo Chaves em 1885 com 28 anos, era alfabetizado e proveniente de Vicenza (Códice SA-70, pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul in Etnias de Alfredo Chaves, p. 247). Casou-se aos 28 anos, em 8-05-1888, na Colônia Alfredo Chaves, com Giuditta Lago, 20 anos, filha de Pasquale Lago e Marina Barichello, italianos. Morou na Linha Barão do Rio Branco em Alfredo Chaves (Primeira Seção, Segunda Série, Este, informação retirada do SA 70 – Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul), no lote 5A, onde morou pelo menos até 07-08-1925 (.... Livro 23, fl. 187)

REGINA CAPPELLARI – Nasceu na Itália e faleceu no Brasil. Chegou em Alfredo Chaves em 27-12-1886 (Códice SA-73 pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1198 a 1200, n.º da família 392, fl. 39), com 22 anos, procedente de Vicenza. Chegou no Rio de janeiro em 11-12-1886 e veio do Rio de janeiro para Porto Alegre em 21-12-1886 no Paquete “Rio Grande”, dirigiu-se para a Colônia Dona Isabel em 22-12-1886 (Códice C 183 – mapa estatístico dos imigrantes chegados em Porto Alegre no ano de 1886 - do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, página 64, registro n. 3277). Casou-se com Joan (Giovanni) Ferrazzo em 22-07-1887, na Colônia Alfredo Chaves (Veranópolis), no mesmo dia que seu irmão Felice (“Povoadores das Colônias Alfredo Chaves, Guaporé e Encantado”, página 768).

FELICE CAPPELLARI – Nasceu em Vicenza , na Itália, e faleceu em 03-10-1941, com 78 anos, na Linha Terceira (Itapuca), em Ilópolis , tendo sido sepultado no Cemitério da Capela São Roque da Linha Terceira. Carpinteiro e agricultor. Segundo o registro de óbito, deixou os seguintes filhos: Antônio, Carlos, Ernesta, Vergínia, Josefina e Pedro. Chegou ao Brasil em 17 de janeiro de 1885, a bordo do navio Coventina, proveniente do Porto de Gênova, com 23 anos de idade e acompanhado do irmão Antônio, profissão trabalhador, tendo embarcado em 25 de janeiro de 1885 com destino a Porto Alegre (Arquivo Histórico Nacional – RJ – registro da Hospedaria dos Immigrantes na Ilha das Flores, Livro 13, página 94, n. 205). Data de entrada “na província” = 1885, com 28 anos, acompanhado da mulher Adele – 26 anos, italiana - e dos filhos Albano – 8 anos, italiano - e Maria – 2 anos, gaúcha -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3678). Casou-se com Adelina Josepha Oltramari. Data de entrada “na província” = 1885, com 26 anos, acompanhada do marido Felice – 28 anos, italiano - e dos filhos Albano – 8 anos, italiano - e Maria – 2 anos, gaúcha -, dirigiu-se para a Primeira Seção, Segunda Série Leste (Etnias de Alfredo Chaves – 1871 a 1891, AHRS, Porto Alegre: EST, 2000, p. 114, registro geral n. 3679) em 22-07-1887, na Colônia Alfredo Chaves (Veranópolis). Posteriormente, mudou-se para a Linha Terceira de Itapuca (lotes 35 e 37), onde, segundo contam seus descendentes, construiu um moinho, junto ao Arroio Lajeado Bonito.

DOMENICO CAPPELLARI – Nasceu na Itália e faleceu no Brasil. Chegou em Alfredo Chaves em 27-12-1886 (Códice AS-73 pertencente ao fundo “Imigração, Terras e Colonização” do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, n.º de ordem 1198 a 1200, n.º da família 392, fl. 39), com 12 anos, procedente de Vicenza. Chegou no Rio de janeiro em 11-12-1886 e veio do Rio de janeiro para Porto Alegre em 21-12-1886 no Paquete “Rio Grande”, dirigiu-se para a Colônia Dona Isabel em 22-12-1886 (Códice C 183 – mapa estatístico dos imigrantes chegados em Porto Alegre no ano de 1886 - do Acervo do Arquivo Histórico do Estado do Rio Grande do Sul, página 64, registro n. 3278). Morou na Linha Terceira de Itapuca, Lote n. 103, fls. 26, livro 125, área 250.000 m2, adquirida em definitivo em 31 de abril de 1910, última prestação paga em 1-0=12-1905, recibo 45, talão 10, Coletoria de Encantado (SA 269 - Mapa estatístico dos imigrantes em Soledade). Também proprietário do lote 105, mesmos dados. Sua esposa se chamava Dominga e era loira de cabelos cacheados, de origem alemã, segundo informação verbal de Luís Cappellari.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Família Cappellari, Cappelari, Capellari ou Capelari?

O início das pesquisas envolveu essa dúvida. Qual a grafia correta do nosso sobrenome? Somos todos parentes?

Em resumo:
Eu sou Capelari.
Meu pai é Cappelari.
Meu tio é Capellari.
Meu avô é Cappellari!

Todas as grafias existem na minha própria família, portanto, todos podemos ser parentes.